1. Sobre a era pombalina, faça o que se pede.
O projeto elaborado por Pombal era o de integrar os indígenas à sociedade colonial como vassalos do rei, tal como os demais colonos.
Em um artigo escrito em 1989 para as comemorações dos 200 anos da Conjuração Mineira, o historiador britânico Kenneth Maxwell expôs sua visão sobre alguns aspectos dessa revolta. No trecho a seguir, que características da Conjuração Mineira o autor sintetizou?
A revolta planejada não se materializara, mas isto não escondia o fato de que um importante segmento do grupo social em que o governo metropolitano devia confiar [...], em uma das mais importantes, populosas, ricas e estrategicamente bem situadas capitanias brasileiras, tinha tido o atrevimento de pensar que podia viver sem Portugal: amparados no exemplo dos norte-americanos e nas teorias políticas correntes, os colonos haviam questionado o que devia ser inquestionável.
Esse pequeno trecho possibilita construir uma caracterização geral do movimento. A revolta foi planejada em Minas Gerais, uma das capitanias mais populosas e ricas da América portuguesa. Ela foi conduzida por uma elite dirigente, cujo apoio era fundamental para o governo metropolitano exercer sua autoridade na capitania. Esse grupo social inspirava-se no exemplo da independência dos Estados Unidos e nas teorias políticas correntes no mundo ocidental (o Iluminismo e o liberalismo). A revolta expressava a determinação desse grupo em contestar o domínio colonial português. O movimento, mesmo debelado antes de se concretizar, mostrou que o domínio colonial português já não podia contar com a colaboração da elite dirigente de uma capitania estratégica para a Coroa, o que significava que o sistema colonial corria riscos no Brasil.
3. Observe a reprodução do painel Tiradentes, de Candido Portinari, dividido em duas partes. O painel representa a narrativa da Conjuração Mineira em dois momentos.
a) Com base em seus conhecimentos e na observação das imagens, procure explicar como o artista diferenciou esses dois episódios.
A condenação de Tiradentes, episódio representado na primeira parte do painel, mostra um réu altivo e firme diante da sentença, rodeado de populares desolados. No episódio do esquartejamento, representado na segunda parte da pintura, vemos a corda da forca e o réu, em tamanho bem maior, com a cabeça no chão e as partes do corpo recompostas de forma irregular.
b)Por que, na representação do segundo episódio, é difícil distinguir o personagem central das demais figuras humanas? Por que os postes estão presentes em diversos pontos da obra?
É interessante notar que Tiradentes foi representado misturado às camadas populares, escolha feita pelo artista para mostrar a proximidade entre o conjurado e o povo brasileiro. A figura do poste, recorrente na pintura, pode ser interpretada como símbolo da dor e do martírio de Tiradentes. A forca foi instalada em um poste, e as partes do seu corpo também foram depois expostas em postes.
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