domingo, 9 de março de 2014

Movimentos Operários
Vida nas Fábricas:
ü  Jornada de trabalho: 16 horas diárias;
ü  Baixos salários;
ü  Condições insalubres;
ü  Falta de segurança
ü  Inexistência de políticas sociais: licença-saúde, licença-maternidade, férias remuneradas, seguro desemprego.
ü  Assistência média e de plano de aposentadorias só particulares.
A maioria dos homens trabalhavam na metalurgia e mulheres e crianças na industria têxtil.
Organização Operária
Primeiros Sindicatos: início do século XX
·        Sindicalistas reformistas: consideravam a greve o último recurso. Chegaram a lançar candidatos políticos.
·        Sindicalistas revolucionários: considerados anarquistas. Acreditavam que a greve era a principal forma de luta dos trabalhadores.
·        Partido Comunista do Brasil: PCB – defendiam que a participação nas eleiçoes ajudavam a divulgar as propostas dos trabalhadores. Acreditavam nas greves acompanhadas de negociações.
Primeiras Conquistas
Houve grande mobilizações como a greve de 1903 no rio de janeiro iniciada pela indústria têxtil e 1907 em todo o estado de SP abrangendo vários setores.
Conquistas
·        O Estado reconheceu: a necessidade de construir moradias populares, regulamentar as condições de higiene e segurança nas fábricas;
·        Foram criados Caixas aposentadorias e pensões para os ferroviários.
Atividade p. 66
4. Analise o texto a seguir com um colega para responder às questões.
! [...] a deficiência de ventilação e iluminação, a falta de aspiradores de pó, a ausência de vestiários, principalmente para as operárias -, notados em alguns estabelecimentos, seriam facilmente corrigidos desde que houvesse, por parte dos industriais, um pouco de boa vontade. [...]
Funciona esta fábrica em um vasto edifício de dois pavimentos, hoje insuficiente para quantidade de operários em serviços. Com esse acúmulo de máquinas e trabalhadores e com a falta de separação das diferentes seções, não são raros os desastres [...].
As paredes, soalhos e forros parecem não ter sido renovados depois da construção dos edifícios, tal o estado em que se acham atualmente. [...] Os operários, ao entrarem para o serviço, por falta de lugar apropriado, são obrigados a mudar as suas vestes no próprio lugar em que trabalham em comum.”
Condições de trabalho na industria têxtil no estado de São Paulo,
 Boletim do Departamento Estadual do Trabalho, p. 35-77.
Livro didático – Projeto Araribá. P. 66
a.      Qual é o assunto principal do texto? Quem produziu o boletim? O texto  descreve as instalações de uma fábrica q algumas irregularidades. O boletim foi feito pelo Departamento Estadual do Trabalho, órgão ligado ao governo do estado de São Paulo.
b.      Quais eram os principais problemas encontrados nos ambientes das fábricas? O que eles ocasionavam aos operários? O que eles ocasionavam aos operários?  O rellatório apresenta problemas como a falta de ventilação, iluminação, higiene e espaço. Por falta de local apropriado, os operários tinham que trocar de roupa no mesmo lugar em que trabalhavam, ou seja, sem privacidade nenhuma.
c.      Relacionem o texto com o que você aprendeu sobre as lutas do movimento operário no Brasil durante a Primeira república. Pessoal
d.      Na sua opinião de vocês, as condições de trabalho descritas no texto deixaram de existir no Brasil atual?  Muitas das condições socioeconômicas e políticas do Brasil de décadas ou séculos passados permanecem nos dias de hoje. Entre elas as condições de trabalho da população mais pobre país e das camadas mais ricas.
 
5. O poeta Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987), lançou em 1928, na Revista de antropofagia uma publicação modernista, um de seus poemas mais famosos: No meio do caminho. Na época de seu lançamento, o poema causou reação estemadas, tantos de enaltecimento quanto de repúdio. O coloquialismo, a concisão e as repetições causaram estranheza e rompiam com o rigor da métrica e das estruturas fixas dos poemas que existiam até então. Leia o poema para responder às questões.
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
 
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fadigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.”
ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do caminho
Livro Projeto Araribá. P. 66
a.      Na sua opinião, o que representação a “pedra” do poema? A pedra pode ser interpretada como as dificuldades e os obstáculos de nosso vida cotidiana ou o cansaço existencial do eu lírico.
b.      Poe que as frases “no meio do caminho tinha uma pedra” e “tinha uma pedra no meio do caminho” são constantemente repetidas ao longo do poema? A repetição pode ser interpretada como um recurso do autor para desconstruir e constatar a rigidez da estrutura  da poesia parnasiana ou como elemento que reforça a ideia das dificuldades e obstáculos da existência humana.
c.      O eu lírico diz “nunca me esquecerei desse acontecimento, na vida de minhas retinas tão fatigadas”. Na sua opinião, qual é o sentimento desses versos? Pode-se dizer que,  apesar de serem diferentes da repetição que caracteriza o poema, esses versos reforçam a metáfora de dificuldades de nossa existência. Para o eu lírico, mesmo na memória, a “pedra” será constante na existência dele.
d.      Que relação pode-se estabelecer entre a forma e o tema do poema e as mudanças econômicas e sociais do Brasil da primeira metade do século XX?
Diante das transformações aceleradas no campo da ciência, da técnica e do desenvolvimento industrial, que tiveram grande impulso nas primeiras décadas do século XX, surgiram novos desafios e dilemas, como a fragilidade das relações sentimentais e a imposição do ritmo da fábrica em boa parte das atividades cotidianas. Muitos artistas plásticos e escritores procuram representar em suas obras esse cenário de mudanças e desconstruir um passado que, na opinião de muitos deles, não representa a cultura e os problemas do país. No caso da literatura,essas mudanças se expressão na quebra da formalidade e da métrica e no uso da linguagem coloquial. Comesses elementos, os poetas procuravam representar as belezas, os dilemas, as dificuldades e, no cadso de Drummond, “as pedras”, a vida moderna.
 
 

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