D. João VI: rei de
Portugal e do Brasil
D.
João, segundo filho de D. Maria I, nasceu em 1767, em Portugal. Em 1777, a
rainha tornou-se a primeira mulher a assumir o controle do governo português. Porém,
em 1792, em razão de um agravamento de seu estado de saúde, D. João passou a
governar informalmente a nação portuguesa e , em 1799, foi aclamado príncipe
regente. Dois anos após a morte de D. Maria I, 1816, D. João foi coroado rei de Portugal e do Brasil.
Em
seu governo, D. João VI promoveu as primeiras transformações urbanas significativas
do Rio de Janeiro, como a abertura e calçamento de ruas, aterramento de charcos
e pântanos e construção de chafarizes e praças. O governante também se
notabilizou por suas iniciativas científicas e culturais: ordenou a construção
de teatros, bibliotecas e criou academias literárias e científicas.
Ao longo do
tempo, muitas interpretações a respeito de D. João VI foram construídas. Por um
lado, vários cronistas e autores o consideraram um monarca sem vontade própria,
hesitante, frágil, covarde e fujão. Por outro lado D. João VI contemporizador e
tolerante, além de estadista moderado e hábil, figura importante para a
construção do estado nacional brasileiro e pra a preservação da monarquia
portuguesa.
Texto
1
“Segundo filho
da rainha louca, D. João não tinha sido educado para dirigir os destinos do
país. [...] Além de despreparado para reinar, d. João era um homem solitário às
voltas com sérios problemas conjugais [...] o príncipe regente era tímido,
supersticioso e feio. O principal traço de sua personalidade e que se refletia
no trabalho, no entanto, era a indecisão. [...] em novembro de 1807, porém D.
João foi colocado contra a parede e obrigado a tomar a decisão mais importante
da sua vida. [...] Incapaz de resistir e enfrentar um inimigo que julgava muito
mais poderoso, decidiu fugir.”
GOMES, Laurentino.
1808. Como uma rainha louca, um príncipe medroso
e uma corte corrupta enganram napoleão e
mudaram a história
de Portugal e do
Brasil.
In: Livro
didático: Projeto Araribá – 3º Edição p. 161
Texto
2
“D. João Vi
não foi o que pode chamar de grande soberano, de quem seja lícito referir
brilhantes proezas militares ou golpes audaciosos de administração [...]. o que
fez, o que conseguiu, e não dói afinal pouco, fê-lo e conseguiu-o no entanto pelo
exercício combinado de dois predicados que cada um deles denota superioridade:
um de caráter, a bondade, o outro de inteligência, o senso prático ou o
governo. Foi brando e sagaz, insinuante e precavido, afável e pertinaz.”
In: Livro didático: Projeto Araribá –
3º Edição p. 161
1.
Cite algumas medidas tomadas por D. João VI no
período em que o monarca governou o Brasil. Durante
o reinado de D. João VI no Brasil diversas obras e iniciativas científicas e
culturais foram tomadas. Foi um período em que houve as primeiras
transformações urbanas significativas do rio de Janeiro, como a abertura e calçamento
de ruas, aterramento de charcos e pântanos e construção de chafariz e praças. Além disso, D. João conquistou a Guiana e a
Cisplatina, combateu as revoltas de 1817 em Portugal e em Pernambuco, e afirmou
o poder monárquico português depois da revolução do Porto de 1820
2.
Qual visão cada um dos textos acima expressa sobre a figura de D. João VI? Os textos expressão visões diferentes sobre D. João VI. O
primeiro apresenta a visão mais tradicional a respeito do governante português:
uma figura indecisa, solitária, infeliz na vida conjugal e medrosa. Oliveira lima,
no segundo texto, sem exagerar a capacidade
de governança de D. João VI, ressalta a inteligência, a bondade e a determinação
do monarca português. As qualidades que Oliveira Lima atribuem a D. João VI
revelam um homem que soube conduzir co habilidade o reino Português, em um
momento de grande dificuldade, combinando astúcia e brandura, prudência e
pragmatismo.
Obrigada
ResponderExcluir“D. João Vi não foi o que pode chamar de grande soberano, Qual visão o textos acima expressa sobre a figura de D. João VI? Se puder me ajudar ficarei muito agradecido.
ResponderExcluir